
E, uma a uma, cerca de 120 baleias-piloto foram devolvidas às águas profundas
Cerca de 120 baleias-piloto encalhadas na costa oeste do Sri Lanka foram devolvidas ao mar no meio da noite por soldados e voluntários, após o maior naufrágio deste tipo no país. Depois de uma exaustiva operação de resgate, os marinheiros, guardas costeiros e voluntários conseguiram devolver cerca de 120 baleias-piloto ao mar nesta terça-feira (3), disse Indika de Silva, porta-voz da Marinha. De acordo com os responsáveis pela operação, três baleias-piloto e um golfinho-nariz-de-garrafa morreram, devido aos ferimentos que sofreram ao cruzar um recife antes de chegar à costa. O grupo de cetáceos encalhou na tarde de segunda-feira, em uma praia da Panadura, 25 quilômetros ao sul de Colombo, capital desta ilha do Oceano Índico. Um morador, Pathum Hirushan, 20, viu na tarde de segunda-feira os cetáceos chegando à praia, aos poucos e depois mais de uma centena. “Os pescadores da região tentavam empurrar os cetáceos, mas o mar estava agitado e as ondas os mandavam para a costa”, explicou à AFP. “Foi cansativo, mas a Marinha cheogou imediatamente e pudemos trabalhar a noite toda com seus barcos”, completou. Apesar do toque de recolher imposto para o combate ao coronavírus, voluntários de toda região chegaram à área. E, uma a uma, cerca de 120 baleias-pilotos foram devolvidas às águas profundas. Tharaka Prasad, veterinário chefe do departamento de conservação da vida selvagem no Sri Lanka, relatou que foram realizados necropsias nos golfinhos mortos. “Achamos que eles estavam desorientados”, disse à AFP.
Encalhes de baleia
As autoridades do Sri Lanka temiam o pior depois da tragédia que ocorreu na Tasmânia, Austrália, em setembro. De 470 baleias-pilotos encalhadas, apenas 110 puderam ser salvas, após vários dias de esforçso intensos dos australianos. “É raro que tantas (baleias-piloto) encalhem na nossa costa”, disse Dharshani Lahandapura, chefe da Autoridade de Proteção Ambiental Marinha do Sri Lanka (MEPA), à AFP. “Acreditamos que estamos enfrentando o mesmo fenômeno que na Tasmânia em setembro”, acrescentou.
Fonte: Istoé, em novembro de 2020