Adolescente morre após levar choque elétrico em carregador de celular em Palmas

João Vitor, de 13 anos, morreu após ser eletrocutado enquanto retirava o acessório da tomada (Crédito: guarantanews)

O jovem encostou na parte metal do revestimento plástico, que se soltou, levando um choque elétrico

Um carregador de celular causou a morte de um adolescente na cidade de Palmas, no Tocantins. João Vitor Domat Remus, de 13 anos, morreu após ser eletrocutado enquanto retirava o acessório da tomada. O acidente foi causado após o revestimento plástico se soltar. Com isso, o jovem encostou na parte de metal, levando o choque elétrico. João Vitor foi socorrido no Hospital Geral de Palmas Dr. Francisco Ayres (HGP), onde ficou oito dias internado numa unidade de tratamento intensivo (UTI), mas não resistiu e teve morte encefálica. A família do adolescente decidiu doar os órgãos da vítima. João Vitor faleceu no dia 6 de agosto e foi sepultado no último sábado (8), no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, em Brasília. No registro, a causa da morte consta como choque elétrico. Segundo a Policia Civil de Tocantis, o caso foi registrado na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento a Vulneráveis (DAV-)Palmas) e “segue sob investigação para que seja apurado se houve possíveis responsabilidades”. Em nota, o colégio Sigma, onde João Vitor estudava em Brasília antes de se mudar para Palmas, lamentou o episódio: “É com muita dor que a comunidade escolar manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do ex-aluno. Diretores, colaboradores, professores e colegas da escola se solidarizam com a família. Nós optamos por não nos pronunciar em respeito ao momento do sofrimento pelo qual a família está passando”, diz a nota enviada pela instituição de ensino.

Uso excessivo

Na imagem que circula pelas redes sociais e em grupos de WhatsApp, o carregador que causou o acidente não era da marca original do celular. O especialista em prevenção de incêndio e consultor de emergência Wesley Pinheiro diz que esse é um dos maiores riscos. “O uso excessivo do celular fez com que crescesse o mercado paralelo de carregadores e baterias, não originais. Há um costume de comprar materiais e acessórios de segunda linha, o que acaba aumentando o risco que já existiria, em menores proporções, caso o carregador fosse original. O grande vilão e o carregamento de bateria”. Assim como aconteceu com João Vitor, o consultor afirma que a maioria dos casos acontece com as crianças. “A parte plástica funciona como um isolante. Os dois contatos que transmitem energia parta o interior do equipamento ficaram expostos. Nesse caso, o certo ere desconectar o carregador segurando na parte plástica ou desligar o disjuntor antes de retirar da tomada, utilizando algum material não condutor, como um alicate com cabo de borracha, por exemplo. Encostar nos dois pinos é certeza de ser eletrocutado, o que acabou acontecendo. Crianças e adolescentes acabam pensando menos, tendo menos noção do perigo”.

Fonte: Último Segundo, em agosto de 2020

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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