Dois deles morreram asfixiados durante um incêndio e dez foram baleados. Um militar também foi morto
Doze civis e um militar morreram na quinta-feira em dois ataques em Moçambique cometidos supostamente por um grupo jihadista no norte da província de Cabo Delgado, informou nesta sexta-feira a imprensa local. Os 12 civis foram assassinados na cidade de Pequeué, no distrito de Mocamia, em um ataque na noite da quinta-feira, no qual os jihadistas incendiaram mais de 50 casas com pessoas dentro informou o meio de comunicação local “Zitamar News”. Dois deles morreram asfixiados durante o incêndio e dez foram baleados. Além disso, os outros 14 habitantes da cidade ficaram feridos. Este ataque foi atribuído a uma célula do novo grupo jihadista AL Shabab, que opera há quase um ano na região e não tem relação com a Somália, apesar do nome. O militar morreu ontem em um ataque de outra célula deste grupo a um veículo blindado na cidade de Pundanhar, no distrito de Palma, segundo o jornal “Mediafax”. Trata-se dos primeiros ataques com mortos deste grupo desde agosto.
Terror em Moçambique
Desde outubro de 2017, o novo Al Shabab aterroriza o norte de Moçambique, onde ficam grandes jazidas de gás natural e petróleo com concessões a multinacionais como a italiana ENI e a americana Anadarko. Nos últimos meses, as autoridades moçambicanas intensificaram suas ações militares na província, o que resultou em uma aparente calma, embora o grupo jihadista continue realizando ataques esporádicos.
Fonte: Efe, em setembro de 2018