Cadafalch e seus colegas usaram nanopartículas para criar uma cerâmica com uma flexibilidade comparável à do papel
Flexicerâmica
Pesquisadores da Universidade de Twente, na Holanda, criaram uma cerâmica flexível, um material que promete levar as inúmeras vantagens das cerâmicas e uma infinidade de aplicações que até agora tinham que se contentar com fibras “menos capacitadas”. Gerard Cadafalch e seus colegas demonstraram a cerâmica flexível em espessuras de vários milímetros, em folhas que podem ser dobradas como se fossem papel, retornando ao formato plano original sem se quebrar e sem apresentar trincas. As cerâmicas mais tradicionais são feitas de argila, mas já existem inúmeras cerâmicas avançadas em vários campos de aplicação, das telas de celulares aos supercomputadores, passando pelas eletrocerâmicas e pelas cerâmicas capazes de armazenar luz.
Cerâmica flexível
Embora podendo ser muito duras e resistentes a altíssimas temperaturas, todas as cerâmicas costumam ser quebradiças, por isso nem um pouco afeitas à flexibilidade. Contudo, Cadafalch e seus colegas usaram nanopartículas para criar cerâmica com uma flexibilidade comparável à do papel capaz de reter os demais benefícios do material tradicional, como a resistência à altas temperaturas. É fato que já existem outras cerâmicas que podem se dobradas, mas trata-se de folhas extremamente finas, nenhuma com a espessura na casa dos milímetros. Embora possa ser usada até para revestir naves espaciais, a empresa emergente criada pelos pesquisadores para comercializar a cerâmica flexível, chamada Eurekite, pretende entrar no mercado competindo com as fibras usadas nas placas de circuito impresso, mas já de olho nos eletrodos para baterias.
Fonte: Inovação tecnológica, em fevereiro de 2016
