O caos em Budapeste lembrou as cenas da semana anterior na Macedônia, que fechou as fronteiras para migrantes que vindos da Grécia tentavam alcançar o norte europeu
O crescente fluxo migratório e a incapacidade dos países de ligar de forma organizada com os milhares de refugiados que tentam, diariamente entrar na União Europeia levaram nesta terça-feira (01/09) a mais um gargalo – desta vez em Budapeste. As autoridades da capital húngara tomaram a decisão de suspender por mais de uma hora o tráfego de trens na maior estação ferroviária do país, removendo do local centenas de refugiados que tentavam embarcar para Alemanha e Áustria. O caos em Budapeste lembrou cenas da semana anterior na Macedônia, que fechou as fronteiras para migrantes que vindos da Grécia, tentavam alcançar o norte europeu. Em Budapeste os migrantes, que se uniam a outros milhares do lado de fora da estação, protestaram aos gritos de “liberdade, liberdade!” e “Alemanha, Alemanha!”. Após a reabertura do tráfego, o acesso dos refugiados à estação continuava bloqueado. A polícia agiu para esvaziar o terminal após os alto-falantes anunciarem que todos os trens seriam impedidos de deixar a estação por tempo indeterminado. Houve tumulto durante a manhã, quando muitas pessoas tentavam forçar a passagem por portões de ferro na plataforma de onde um trem deveria partir, rumo a Viena e Munique, mas acabaram sendo bloqueados pelo policiais. Antes do fechamento da estação, milhares de pessoas embarcaram em trêns rumo a Áustria e Alemanha. A policia em Viena afirmou nesta terça-feira que 3.650 migrantes chegaram à cidade da Hungria, mas a maioria seguiu viagem até o país vizinho. Durante a noite, cerca de 2 mil requerentes de asilo chegaram a Munique, e espera-se que outros mil devam chegar durante o dia. Segundo a policia federal alemã, dois trens com cerca de 3.600 refugiados chegaram à cidade de Rosenheim. Em Stuttgart e Frankfurt, desembarcaram em torno de 200 migrantes. A policia afirma que não tem contingente suficiente para realizar controles efetivos que poderiam resultar na devolução à Hungria daqueles que não apresentam documentação adequada.
Fonte: DW, em setembro de 2015