Segundo promotor o abate aumenta a “pontencialidade econômica” do animal

Um promotor do Rio Grande do Norte vem incentivando um fim polêmico para os jumentos que estão abandonados em cidades do interior do estado: alimentação, em especial, churrascos. Ele defende também o consumo de leite de jumentos e produção de derivados. Segundo informações do Jornal Folha de S. Paulo, Silvio Brito, promotor da cidade de Martins (a 380 km de Natal), acredita que o abate aumenta a “pontencialidade econômica” do animal. Ele também se disse frustrado com a “falta de visão das pessoas sobre o assunto”. Antes utilizado como meio de transporte, os jumentos foram substituídos por motos. Por isso, ficaram abandonados. A ideia do promotor, no entanto, vem causando controvérsia entre defensores dos direitos dos animais. Um grupo de empresários do estado tem interesse de importar cabeças de jumento para a China. Eles calculam que seria possível exportar 10 mil cabeças por ano. No entanto, a ofertas propostas pelos chineses, de R$ 900 por animal, foi considerado baixo. A iniciativa, porém, não é nova. Nas décadas de 70 e 80, um frigorífero de Pernambuco os vendias por valor equivalente a R$ 30 por cabeça. “Durante alguns anos centenas de caminhões saíram do Ceará, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba, com direção a Pernambuco para serem exportados para o Japão. Em uma década, a população de jumentos foi reduzida em 80%”, relembra Brito.
Fonte: Correio do Estado, em agosto de 2016