Em Zimbábue o número de vítimas aumentou para 64. Em Moçambique, 73. Já no Malawi, o ciclone deixou 56 mortos

A passagem do ciclone Idai pelo sudoeste da África, desde a última quinta-feira, 14, deixou 193 mortos, segundo a ONU. Zimbábue, Moçambique e Malawi foram os países mais atingidos. O balanço provisório das autoridades locais no Zimbábue elevou o número de vítimas para 64. Em Moçambique, 73 pessoas morreram. Já no Malawi o ciclone deixou 56 mortos. Segundo informações divulgadas pelo Fundo da ONU para a Infância (Unicef), a expectativa é que o número de vítimas suba nos três países. Mais de 1,6 milhão de pessoas vivem nas áreas afetadas pelos fortes ventos e chuvas trazidos pelo ciclone tropical. Quando chegou ao litoral de Moçambique, na noite de quinta, 14, o Idai deixou na cidade de Beira cerca de 500 mil pessoas sem energia, problemas que também afetou o setor de comunicações. O ciclone foi para o oeste de Zimbábue na sexta-feira, 15, deixando a região de Chimanimani isolada do restante do país. O presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagawa, declarou estado de emergência e disse que a resposta do governo está sendo coordenada pelo Departamento de Proteção Civil, que terá apoio de organizações humanitárias. O Exército também está apoiando as operações de busca e resgate em áreas de risco.
Estragos
No Mawali, quase 1 milhão de pessoas foram afetadas pela passagem do Idai. De acordo com a Federação Internacional da Cruz Vermelha, 80 mil tiveram suas casas destruídas e estão sem onde se refugiar. “Tudo está destruído”, disse o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, citando que várias escolas e imóveis tinham sido atingidos. A ONU está fazendo uma campanha para arrecadar US$ 40,8 milhões para prestar ajuda urgente a Moçambique, mas as autoridades ainda não conseguiram calcular com exatidão os danos provocados pelo desastre natural.
Fonte: Jovem Pan, em março de 2019