Supostos integrantes dos cartéis, lutam pelo controle do transporte de drogas
Um aparente confronto entre dois cartéis de drogas rivais terminou com nove mortos no município de Miguel Alemán, no estado de Tamaulipas no nordeste do México, segundo informaram a Agência Efe fontes próximas às forças de segurança nesta terça-feira. Pelo menos nove corpos com ferimentos a bala foram deixados na estrada que liga este município fronteiriço aos Estados Unidos com Monterrey, no estado de Nuevo León, no norte do país. Desde a noite de segunda-feira e também na madrugada desta terça-feira, os cidadãos do povoado de Los Guerra, pertencente a Miguel Alemán, relataram ter escutado fortes estrondos. Os estrondos provavelmente eram resultado do confronto com armas de grande calibre entre supostos integrantes do Cartel do Nordeste e do Cartel do Golfo, que lutam pelo controle do transporte de drogas, imigrantes e contrabando nessa área. Os corpos, que até agora não se sabe a qual cartel pertencem, foram deixados na estrada, segundo as fortes imagens veiculadas nas redes sociais.
Disputa entre cartéis
Desde 2010, Miguel Alemán é alvo de uma disputa entre os dois cartéis, na qual o Nordeste vem ganhando terreno gradativamente e estima-se que já controle os municípios de Nuevo Laredo, Nueva Cijduda Guerrero e Mier. Desde o ano passado, ocorreram vários confrontos naquele município entre os dois cartéis, com a situação piorando consideravelmente em Tamaulipas, nos últimos meses. No último dia 19 de junho, foram registrados ataques em vários bairros da cidade fronteiriça de Reynosa, durante um confronto entre grupos pertencentes ao Carte do Golfo, que deixou 19 mortos, 15 civis e quatro supostos criminosos. Além disso em 22 de janeiro, 19 corpos carbonizados foram encontrados em um caminhão na cidade de Santa Anita, no município de Camargo, dos quais 16 eram guatemaltecos. O México registrou 2963 homicídios no último mês de maio, que se tornou assim o mês mais violento de 2021. O país registrou os dois a nos mais violentos de sua história juntamente nos primeiros dois anos de governo de Anndrés Manuel López Obrador, com 34.682 pessoas assassinadas em 2019 e 34.554 em 2020.
Fonte: UOL, em julho de 2021