O acumulado ao longo do mês foi de 258,2 milímetros, superior a média histórica para dezembro, que é de 219,4 milímetros
O nível subiu nesta quarta-feira (30) de 22,4% para 22,6% percentual que corresponde à quantidade de água que existe no sistema em relação à capacidade total do armazenamento, incluindo as duas cotas do volume morto. O sistema conseguiu deixar o volume morto depois que seu nível teve altas seguidas durante quase um mês por causa das recentes chuvas na região. O índice do sistema aumentou 7,5 pontos percentuais desde o começo de dezembro. Os dados são disponibilizados na internet pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Entre ontem e hoje, o Cantareira recebeu 5,4 milímetros de chuva. A quantidade acumulada ao longo do mês foi de 258,2 milímetros, superior a média histórica para dezembro, que é de 219,4 milímetros. Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, o secretário do Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, Benedito Braga, declarou que a saída do Cantareira do volume morto indica que a “situação climática nos meses de outubro, novembro e dezembro voltaram à normalidade”.
Volume morto
O volume morto começou a ser usado sem maio de 2014. A época, diante da falta de chuva e da queda acelerada do índice do Cantareira, o governo de São Paulo começou a captar água dessa reserva que nunca tinha sido usada antes. A decisão gerou críticas de especialistas, que questionaram a qualidade dessa água e alertaram para os danos que essa medida poderia causar ao meio ambiente. Com o agravamento da crise, uma segunda cota do volume morto passou a ser usada em outubro do mesmo ano. O Cantareira é responsável atualmente pelo abastecimento de 5,2 milhões de moradores da Grande São Paulo. Antes da crise, o sistema fornecia água para 8,8 milhões de pessoas na região. Parte dessa população passou a receber água de outros sistemas. Apesar de o governo não precisar recorrer mais ao volume morto do Cantareira a partir de hoje, a situação do abastecimento de água na Grande São Paulo ainda é considerada crítica em comparação com o cenário de dois anos atrás.
Fonte: Tv Minas, em dezembro de 2015