Desmate no Cerrado tem alta de 13%

Principais ameaças no Cerrado, ocorrem principalmente na região conhecida como Matopiba, que significa Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Crédito: correiobraziliense.com.br)

O desmatamento registrado equivale a quase cinco vezes a área da cidade de São Paulo

Após uma leve queda no ano passado, o desmatamento no bioma Cerrado voltou a subir este ano (2020). Entre agosto de 2019 e julho de 2020 foram suprimidos 7.340 km² de vegetação nativa, alta de 13% em relação às perdas observadas nos 12 meses anteriores (6.482 km²). O desmatamento registrado equivale a quase cinco vezes a área da cidade de São Paulo e é o maior valor para o bioma de 2015, quando foi observada uma devastação de mais de 11 mil km². Os dados divulgados são projeto Prodes Cerrado, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O monitoramento do bioma é feito desde 2001, incialmente a cada dois anos. Mas desde 2013 ocorre anualmente. Neste ano, o Estado do Maranhão foi o que apresentou a maior área de desmatamento (1.836,14 km²), respondendo por 25% das perdas do bioma. O Maranhão foi seguido pelo Tocantins (1.565,88 km²) e pela Bahia (919,17 km²). As principais ameaças ao Cerrado ocorrem pela expansão da fronteira agrícola, principalmente na região conhecida como Matopiba – palavra que junta as siglas justamente dos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A taxa divulgada nesta segunda corresponde 100% à gestão Jair Bolsonaro.

Impacto sobre o Cerrado

O aumento do impacto sobre o Cerrado é semelhante ao registrado na Amazônia no mesmo período. Dados também do Inpe divulgados no fim de novembro apontam alta de 9,5% no último ano do desmatamento no floresta – maior taxa desde 2008. Entre agosto de 2019 e julho deste ano, a devastação da floresta alcançou 11.088 km², ante os 10129 km² registrados 12 meses anteriores. A área devastada equivale a 7,2 vezes à cidade de São Paulo. A elevação do Prodes observada na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019, ante os 12 meses anteriores, já tinha sido de 34,4%. O avanço do corte raso registrado na Amazônia Legal desde o início da gestão Bolsonaro interrompe uma sequência de dez anos em que o desmatamento ficou abaixo de 10 mil quilômetros quadrados. Com essa taxa, o País também deixou oficialmente de cumprir a principal meta da Politica Nacional de Mudanças Climáticas, de 2010, que estabelecia, em lei, que o desmatamento neste ano seria de, no máximo 3,9 km².

Fonte: Istoé, em janeiro de 2021

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

Escreva um Comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.