Mulher atacou sua vítima, depois de ouvi-la gritar “por que você não vai pra casa cuidar de seus filhos”?
Até onde o estresse de uma pessoa pode chegar? Qual o limite de violência em uma briga de rua? Um caso entre duas britânicas de Brigg, na Inglaterra, chamou a atenção dos tabloides do país nesta quinta-feira (16). Isso porque uma delas acabou sendo julgada e condenada a pagar seis anos e meio na prisão após arrancar, com uma mordida, um pedaço da orelha da “rival” durante uma briga ocorrida em outubro. Ellis Briar Athersych, de 26 anos, atacou sua vítima depois de ouvi-la gritar “por que você não vai pra casa cuidar de seus filhos?”, ao que respondeu com violência, arrancando parte de sua orelha. O ataque só acabou quando as duas foram separadas por transeuntes. A vítima, que decidiu permanecer anônima, precisou passar por duas cirurgias de reconstrução, mas os médicos afirmaram que não há solução para seu caso, independente de quantos procedimentos estéticos sejam feitos. Athersych recebeu a sentença do juiz esta quinta-feira. Durante o julgamento, o magistrado afirmou que ela parece “ter ficado maluca de raiva no momento”. A mulher, que tem uma filha, ficará separada da menina até que compra a pena. “É muito triste separar uma mãe de sua filha, mas é o único caminho possível”, destacou o juiz.
Mulheres brigam
A briga entre as duas mulheres aconteceu em outubro, em frente a uma casa noturna. “Ela ouviu uma mulher gritando algo como “vai cuidar de seus filhos”, disse o promotor do caso, explicando como o conflito teve início. As mulheres trocaram ofensas entre elas, então, se agarraram e a briga começou. Uma amiga da vítima e um homem que estava no local tentaram separar as duas, mas ambas acabaram sendo agredidas por Athersych. A vítima já havia parado de brigar e estava indo embora quando sentiu a acusada “pegar sua orelha com a boca”. Ela foi para frente para tentar se livrar da agressora, mas sentiu uma dor muito forte conforme foi mordida, contou o promotor. De acordo com testemunhas, Athersych perdeu o controle e parecia estar “possuída”. Ela afirmou ter “memória limitada daquela noite” e assumiu ter costume de recorrer ao álcool quando não é capaz de lidar com um situação. A agressora admitiu ser culpada da agressão grave por ter arrancado a orelha da outra mulher. Ela já enfrentou 14 outras acusações relevantes, incluindo uma por ter batido em uma pessoa e outra agressão física moderada.
Fonte: Último Segundo, em março de 2017
