Dezenas de pessoas são mortas
A Nigéria prorrogou as eleições gerais até domingo (29) por causa de problemas técnicos em algumas sessões. A extensão do pleito ocorre em meio a uma nova onda de ataques do grupo terrorista Boko Haram no nordeste do país, que teriam deixado ao menos 39 mortos. Quase 60 milhões de pessoas tem direito a votar no país e pela primeira vez há possibilidade de uma oposicionista derrotar o governo. Catorze candidatos concorrem à presidência, entre os quais o atual líder do país, Goodluck Jonathan, e o ex-ditador Muhammadu Buhari. Também serão eleitos 360 deputados para a Assembléia da República, onde a oposição tem atualmente uma ligeira vantagem, sobre o partido de Jonathan. A votação continuará no domingo em algumas áreas onde não foi possível fazer a leitura biométrica dos eleitores disse o porta-voz da Comissão Eleitoral Independente, Kayode Idowu. Testemunhas e oficiais disseram que radicais islâmicos incendiaram casas e mataram ao menos 25 pessoas na cidade de Miringa durante a madrugada de sábado. Nas cidades de Biri e Dukku, outras 14 pessoas morreram em ataques durante a tarde, incluindo um legislador do estado de Gombe, identificado como Umaru Ali. Os militantes já haviam prometido impedir a todo custo o pleito, pois consideram a democracia um conceito ocidental corrupto.
Fonte: Diário do Grande ABC, em março de 2015