
Descobrir quais mundos podem ser habitáveis é de fundamental importância antes mesmo de procurar por seres vivos
Em um novo estudo publicado nesta segunda-feira (9) na revista Monthly Notices of Royal Astronomical Society, um grupo de cientistas abordou um tema útil na busca por vida alienígena: a erosão atmosférica dos planetas. De acordo com a equipe, analisar esse fato pode ajudar a determinar se um mundo distante é habitável ou não. Descobrir quais mundos podem ser habitáveis e de fundamental importância antes mesmo de procurar por seres vivos, pois é através da habitabilidade planetária que astrônomos sabem onde procurar bioassinaturas (ou seja, rastros químicos de origem biológica). A habitabilidade é determinada por uma série de características, como a temperatura, presença de água líquida e composição atmosférica. Em exoplanetas (mundo que habitam estrelas que não o Sol) distantes, é difícil detectar certas características. Mas o novo estudo propõe mais uma abordagem para determinar a habitabilidade. Liderada pelo pesquisador Dimitra Atri, a equipe apresentou o processo de análise de dados de erupções estelares captados pelo telescópico espacial TESS da NASA. Eles constataram que as erupções de energia mais baixa e mais frequentes tiveram um impacto maior na atmosfera dos planetas do que as chamas mais energéticas – que são mais raras.
Emissões repentinas de energia
Essas emissões repentinas de energia solar consistem em fítons ultra violeta (XUV) extremos e partículas carregadas capazes de alterar a atmosfera superior de um planeta, e isso foi verificado a análise de dados apresentada neste estuo. Essa informação é muito útil, pois poderá ser implementada nos métodos de verificação de habitabilidade de exoplanetas. Em outras palavras, medir erupções da estrela anfitriã pode das pistas se algum planeta em sua órbita apresenta atmosfera habitável ou não.
Fonte: Canaltech, em novembro de 2020