O EI controla mais de 95.000 km² na Síria, o que representa 50% do território do país.
O grupo Estado Islâmico (EI), assumiu nesta quinta-feira (21) o controle total da cidade histórica de Palmira no deserto sírio, o que provocou o temor da destruição de seus tesouros arqueológicos por parte dos jihadistas. Com a tomada da cidade o EI controla mais de 95.000 km² na Síria, o que representa 50% do território do país, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). “Os combatentes do EI estão em todos os lados de Tadmor (nome árabe de Palmira) e perto do sítio arqueológico”, no sudoeste da cidade, disse à AFP Rami Abdel Rahaman, diretor do OSDH. O regime admitiu a derrota por meio da agência oficial Sana, ao afirmar que as tropas leais a Damasco “se retiraram depois da entrada de um grande número de terroristas do EI”, na cidade. Os militares deixaram toda a Badiya (deserto sírio), o aeroporto militar e a prisão, onde os jihadistas entraram durante a noite. E também as posições dentro e na periferia da cidade. “A maioria seguiu para a cidade de Homs”, capital da província central de mesmo nome, da qual Palmira faz parte, disse Abdel Rahman. A queda da cidade histórica de 2.000 anos nas mãos do EI, provoca um grande temor por suas famosas ruínas, que são consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco. Recebiam 150.000 turistas por ano. Desde o início da ofensiva em 13 de maio, a batalha de Palmira provocou 462 mortes segundo o OSDH: 71 civis (muitos executados pelo EI), 241 soldados sírios e 150 jhiadistas. A prisão de Palmira é tristemente famosa pelo massacre de centenas de detentos na década de 1980. O governo dos Estados Unidos reconheceu que está avaliando novamente uma estratégia no Iraque após a tomada de Ramadi, a vitória mais importante do EI desde a ofensiva de junho de 2014, quando o grupo Jhiadista passou a controlar grandes áreas de território no Iraque e na Síria.
Fonte: Terra, em maio de 2015