Este pode ser o primeiro planeta descoberto em outra galáxia, a 23 milhões de anos luz

Se for confirmado, este será o primeiro planeta extragalático já descoberto (Crédito: ciberia.com.br)

Este mundo distante parece ser um pouco menor do que Saturno e orbita um sistema binário misterioso

Astronomos encontraram um candidato a planeta localizado em outra galáxia, bem longe da Via Láctea, em uma região de intensa atividade caótica. Este mundo distante parece ser um pouco menor do que Saturno e orbita um sistema binário misterioso que emite uma enorme quantidade de energia. Se for confirmado, ele se tornará o primeiro planeta extragalático já descoberto. O time liderado por Rosanne Di Stefano, do Harvard – Smithsonian Center for Astrophysics, encontrou este provável planeta na Galáxia do Rodamoinho, catalogada como M51, a cerca de 23 milhões de anos-luz da Terra. Do nosso ponto de vista, essa galáxia fica próximo da constelação de Ursa Maior, mas certamente ela está a milhões de anos-luz de distância das estrelas que compõe essa constelação. Esse candidato a planeta foi batizado de M51-ULS-1b e está girando ao redor de um sistema binário (ou seja, dois objetos de massa estelar que orbitam entre si) a uma distância de mais ou menos dez vezes a distância entre a Terra e o Sol. O que torna esse sistema internamente e sua atividade e emissão de energia, sugerindo que um dos objetos estelares pode ser uma estrela de nêutrons ou até mesmo um buraco negro. Caso seja um buraco negro, provavelmente ele está devorando sua estrela companheira a uma taxa enorme, pois está liberando tanta energia que o sistema se tornou uma das fontes luminosas mais brilhantes em toda a Galáxia do Rodamoinho. Só essa luminosidade de raios-x é cerca de um milhão de vezes mais brilhante do que toda a emissão do Sol em todas os comprimentos de onda ( o raio-x pe apenas um dos muitos comprimentos de onda do espectro eletromagnético, assim como a luz visível).

Objeto distante

Esse brilho foi crucial para identificar um objeto tão distante. É que embora seja um brilho intenso, sua fonte é minúscula, o que permite um planeta do tamanho eclipsá-la completamente passe diretamente na linha entre a Terra e a tal fonte misteriosa de raios-x. Esse método, chamado trânsito, é o mais utilizado para detectar exoplanetas (mundos que orbitam outra estrela que não o Sol). Encontrar mundos em outras galáxias ainda é um grande desafio. Aqui, em nossa vizinhança cósmica chamada Via Láctea, já foram confirmados mais de 4 mil exoplanetas, e os cientistas estimam que existam 40 bilhões de mundos ainda aguardando para serem detectados pelos nossos telescópicos.

Fonte: Canaltech, em setembro de 2020

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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