
Cerca de sete milhões de pessoas morrem por patologias relacionadas ao tabaco, a cada ano no mundo
Um estudo feito pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) alerta que fumantes com coronavírus têm 14 vezes mais chances de óbito do que uma pessoa não fumante. O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking mundial de tabagistas, com 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens. Eles estimam que o tabaco responda por 25% dos casos de infarto, cerca de metade dos derrames cerebrais e aumente em três vezes o risco de morte súbita. Entre as mulheres, esses riscos podem ser ampliados em até cinco vezes. Cerca de sete milhões de pessoas morrem por patologias relacionadas ao tabaco, a cada ano no mundo, enquanto a doença provocada pelo coronavírus, faz os mesmos estragos em poucos dias. Segundo a SOCESP, os danos que o cigarro provoca no organismo podem ser comparados com os prejuízos da forma mais grave da Covid-19; a diferença é que o tabagismo causa efeito no decorrer de um tempo mais longo.
Capacidade reduzida
O hábito de fumar enfraquece o sistema imunológico, tornando a reação protetiva do corpo frente às infecções mais lenta. Doenças pulmonares ou capacidade pulmonar reduzida, comuns em fumantes, também aumentam o risco de desenvolver as formas mais graves de infecções. Por outro lado, dados da Sociedade apontam que 20 minutos depois do último cigarro, a pressão e a frequência cardíaca já normaliza e entre 24 e 72 horas, os pulmões já oxigenam melhor. “Um ano sem tabaco e o risco de infarto é reduzido pela metade e, entre cinco a 10 anos, a probabilidade de um enfarto será igual ao de uma pessoa que nunca fumou”, estimula Jaqueline Scholz, cardiologista e assessora cientifica da SOCESP.
Fonte: Meon, em maio de 2020