O governo britânico suspendeu os voos entre o Reino Unido e o balneário egípcio de Sharm el-Sheik
Durante a tarde, uma decisão do governo britânico suspendeu todos os voos entre o Reino Unido e o balneário egípcio de Sharm el-Sheik enquanto especialistas avaliam a segurança do aeroporto. Segundo o Reino Unido, trata-se de uma “medida preventiva” após “mais informações virem a tona”. Um funcionário do governo norte-americano disse à agência de notícias AP que Washington está trabalhando como a hipótese de um grupo ligado o auto proclamado “Estado Islâmico” (“EI) ter colocado um explosivo no avião. O Airbus 321 caiu no sábado (31/10), logo após decolar do balneário Sharm el-Sheik em direção a São Petersburgo, na Rússia, matando as 224 pessoas que estavam a bordo. O governo do Egito tem refutado afirmações de que o “EI” tenha envolvimento com a queda do avião, enquanto especialistas russos afirmaram ser cedo demais para tirar conclusões. “Não podemos dizer categoricamente porque o avião russo caiu mas estamos preocupados sobre o fato de a aeronave ter sido derrubada por um explosivo”, disse o secretário de Transporte britânico, Patrick McLoughin. Para o jornalista da BBC Frank Gardner, especialista em segurança, a suspensão dos voos é “um pouco humilhante” para o governo egípcio. “[O governo britânico] Ainda não deu detalhes das informações que recebeu ou de onde elas vieram. Mas disse que não pode ariscar a segurança de tantos britânicos que viajam para o resort”. Há cerca de 2 mil britânicos no local atualmente. Se os especialistas fizerem uma avaliação negativa do aeroporto, isso pode trazer consequências devastadoras para a indústria do turismo egípcio. A decisão de suspender os voos foi tomada durante a visita do presidente do Egito, Abdul Fattah al-Sisi, à Grã-Bretanha, o que torna a situação diplomática ainda mais delicada.
Fonte: BBC, em novembro de 2015