Uma dezena de tanques turcos entraram em território sírio

O exército turco entrou esta quarta-feira na Síria numa ofensiva contra o Daesh. Dezenas de tanques de guerra entraram em solo sírio. O objetivo da ofensiva turca na Síria é “por fim” aos problemas na fronteira turca e visa o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e milícias curdas declarou esta quarta-feira o Presidente da Turquia. “A partir das 04:00 (02:00 em Lisboa), as nossas forças lançaram uma operação contra os grupos do EI e do PYD (Partido da União Democrática, curdo)”, disse Recep Tayyip Erdogan, num discurso proferido em Ancara. O exército turco apoiado pelas forças de coligação internacional, lançou antes do amanhecer a operação “Escudo do Eufrates”, com aviões de combate e tropas especiais para expulsar o EI de Jarablos, localidade na fronteira com a Turquia. Uma dezena de tanques turcos entraram em território sírio, disparando contra posições detidas pelo EI na localidade síria de jarablos, constatou esta manhã um repórter fotográfico da agência noticiosa France Presse (AFP). A ofensiva foi lançada no mesmo dia em que o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, chegou a Ancara para encontros com o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, e Erdogan para debater nomeadamente a crise síria. Biden, que chegou a meio da manhã ao país, é o mais alto responsável ocidental a visita a Turquia desde a tentativa de golpe de Estado a 15 de julho. As autoridades turcas acusaram o religioso Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos, de ser o responsável peal tentativa de golpe de Estado e têm pressionado os Estados Unidos para extraditar o teólogo. Washington afirmou que precisa de provas e não apenas de acusações para extraditar Gulen. Responsávies turcos advertiram que as relações bilaterais poderão ser prejudicadas se o religioso não for enviado para a Turquia. A tentativa de golpe de Estado desencadeou uma onda de acusações na imprensa pró-governamental e, mesmo de um ministro turco, contra os Estados Unidos, denunciando o alegado envolvimento de Washington na organização da revolta.
Fonte: Cm Jornal, em agosto de 2016