O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques, dizendo que visava apoiadores do presidente da Síria

Bombas mataram quase 150 pessoas e feriram pelo menos 200 nesta segunda-feira nas cidades sírias de Jableh e Tartus, na costa do Mediterrâneo, em uma área controlada pelo governo que sedia forças da Rússia, disseram monitores do conflito. O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques nas cidades, que até então estavam imunes a combates mais intensos, dizendo que visava apoiadores do presidente da Síria, Bashar al-Assad. O Observatório Sírio para Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, disse que 148 pessoas foram mortas nos ataques perpetrados por pelo menos cinco homens-bomba e dois explosivos colocados em automóveis. A mídia estatal disse que 78 pessoas morreram. As ações foram as primeiras deste tipo em Tartus, onde os russos, aliados de Damasco, mantém uma instalação naval, e em Jableh. Os combates se intensificaram em outras partes da Síria nas últimas semanas, enquanto potencias mundiais se esforçam para ressuscitar um cessar-fogo frágil e nas sequência do processo das conversas de paz em Genebra este ano. A mídia estatal noticiou que um carro-bomba e dois homens-bomba atacaram um posto de combustível em Tartus. Em Jablej, uma das quatro explosões aconteceu perto de um hospital, segundo a imprensa oficial e o Observatório. Imagens divulgadas por usuários de deres sociais pró-governo exibiram cadáveres na traseira de caminhonetes e partes de corpos no chão. O Kremlin disse que as explosões reforçam a necessidade de pressionar por conversas de paz em Genebra, depois do colapso em abril de um acordo de cessar-fogo acertado em 27 de fevereiro devido a um acirramento de violência, em uma guerra que já deixou cerca de 250 mil mortos.
Fonte: R7, em maio de 2016