Fóssil de criança que viveu há 250 mil anos é encontrado em caverna na África do Sul

Dizem pesquisadores que a criança tinha entre 4 e 6 anos de idade quando morreu

Foi encontrado um fóssil que corresponde o de uma criança, presente no local já há pelo menos 250 mil anos, em um complexo de cavernas na África do Sul, conhecido como Rising Star. Com base na dentição, os especialistas acreditam que a criança tinha entre 4 a 6 anos de idade, quando morreu e era da espécie Homo naledi. O sexo da criança não foi definido. A descoberta foi divulgada na quinta-feira, 4 de novembro, pela Universidade Wits, na África. Encontrar o fóssil significa um avanço nas pesquisas em relação à Homo naledi, espécie hominídea da idade da Pedra, com estatra bem menor do que a dos homens modernos. Os primeiros registros desses indivíduos primitivos foram achados em 2015, em uma região denominada “Berço da Humanidade”, nos arredores de Joanesburgo. Essa primeira descoberta mudou a compreensão da evolução humana que a comunidade científica aceitava até então, indicando que os Homo sapiens provavelmente coabitaram a Terra com outras espécies semelhantes, que antes nos eram desconhecidas.

Localização do fóssil

Os resultados das buscas e pesquisas foram publicados em dois artigos do periódico PaleoAnthropology. O crânio da criança foi visto sem nenhuma outra parte corporal por perto, em uma passagem estreita de 15 centímetros de largura e 80 centímetros de comprimento. “Esse foi um dos sítios com fósseis de hominídeos mais desafiadores ao qual tivemos que chegar em Rising Star”, comenta, em nota, Marina Elliott, que esteve nas escavações. A expedição ainda recuperou 28 fragmentos de crânio e 6 dentes, em uma parte bem mais estreita. Eles estavam em uma parte ainda mais profunda da caverna, a 12 metros da primeira descoberta, em meio a fendas que obrigaram os pesquisadores a se apertarem entre pedras. “Ao juntarmos o crânio, vimos que não havia partes repetidas e que muitos trechos se encaixavam, indicando que todos eram de uma única criança”, analisa o paleoantropólogo Darryl de Ruiter.

Fonte: Pais & filhos, em novembro de 2021

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

Escreva um Comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.