
O Comando do 3º Distrito Naval confirmou ter retirado fragmentos de óleo do litoral de Pernambuco e Alagoas entre os dias 19 e 25 de junho
Fragmentos de óleo voltaram a aparecer em praias da Bahia, de Pernambuco e de Alagoas desde o dia 19 de junho. Segundo a Marinha do Brasil, o material é um vestígio da substância que começou a aparecer no litoral do Nordeste em agosto de 2019 há 10 meses. O Comando do 3º Distrito Naval (Com 3º DN) confirmou ter retirado fragmentos de óleo do litoral de Pernambuco e Alagoas entre os dias 19 e 25 de junho. Segundo a instituição, o material estava “disperso e em pouca quantidade”. Uma análise feita no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreiro (IEAPM), no Rio, concluiu que os resíduos têm os “perfis químicos compatíveis com o material que atingiu a costa brasileira, sobretudo no Nordeste, em 2019”. “Com base no exame realizado, a chegada desse material deve consistir na reicidência de segmentos oleosos que não tinham sido anteriormente identificados durante as ações de resposta”, dia nota divulgada pela Marinha. O comunicado ainda afirma que o aparecimento do óleo se deve “possivelmente” a “fatores meteorológicos, como alterações no regime de ventos e marés, que acabaram por revolver sedimentos e possibilitaram neste último final de semana”. Segundo a Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), fragmentos de óleo também foram encontrados em 25 de junho na praia de Piatã, em Salvador. O material foi coletado e será analisado no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreiro, no Rio. “A CPBA mantêm o procedimento de monitoramento, de forma rotineira, das praias do litoral baiano. Caso aviste óleo nas praias, disque 185”, diz a capitania em nota. Além disso, moradores também relatam ter encontrado fragmentos no Sergipe nos últimos dias.
Resíduos
Os resíduos começaram a aparecer no litoral brasileiro em 30 de agosto de 2019, somando toneladas de óleo que atingiram 130 municípios de 11 Estados. O material chegou a atingir animais aquáticos e aves, além de impactar corais e áreas de proteção ambiental. Até março deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), divulgou mapas das localidades vistoriadas. No dia 19 daquele mês, 135 localidades (territórios equivalentes a até 1 quilômetro) ainda tinham vestígios de óleo no Maranhão, no Rio Grande do Norte, em Pernambuco, em Alagoas, em Sergipe, na Bahia, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.
Fonte: Terra, em junho de 2020