A túnica é comum em países do Norte da África e árabes
O governo da França irá proibir que as alunas de escolas do país usem a abaya, túnica comum em países do Norte da África e árabes, anunciou neste domingo o ministro da Educação francês, Gabriel Attal. “Não será mais possível usar abaya na escola”, declarou Attal em entrevista ao canal de TV FF1, na qual considerou que a vestimenta vai ao encontro às normas estritas de laicidade no ensino francês. A abaya cobre o corpo e deixa de fora o rosto, mãos e pés. Seu uso por adolescentes gerou polêmica na França, sobretudo devido a críticas da direita. “Quando o aluno entre em uma sala de aula, não se deve poder identificar a sua religião ao olhar para ele”, disse o ministro. O deputado Éric Ciotti, presidente do partido de oposição Republicamos (direita), saudou a decisão, enquanto a deputada de esquerda Clementine Autain a considerou inconstitucional e criticou “a política da vestimenta”.
Conselho de educação
Embora o Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM) considerou que a peça não representa um símbolo islâmico, o Ministério da Educação francês divulgou, no ano passado, uma circular autorizando as escolas a proibir a abaya, bem como bardanas e saias muito longas. “As instruções não estavam claras, agora estão e nós as saudamos”, disse à AFP Bruno Bobkiewicz, secretário-geral do sindicato que representa os diretores de instituições de ensino. Em 2004, a França proibiu em escolas e institutos qualquer símbolo religioso ostensivo, como véu islâmico e quipá.
Fonte: MSN, em agosto de 2023