Golpe político no Egito

Primeiro presidente democraticamente eleito é deposto no Egito

Comandante-geral das Forças armadas do Egito, declarou que a Constituição havia sido suspensa e que o presidente da Suprema Corte assumirá poderes presidenciais, derrubando o presidente Mohammed Morsi. De acordo com o general, o líder da Suprema Corte, Adli Mansour, irá comandar o governo interino formado por tecnocratas até que eleições presidenciais e parlamentares sejam convocadas. Soldados apoiados por veículos  blindados, asseguraram locais da capital, Cairo, e manifestantes de oposição e partidários de Morsi foram às ruas. A oposição a Morsi, vinha crescendo desde 2012. A fim de garantir que a Assembléia Constituinte dominada por seus aliados muçulmanos, ele expediu um decreto dando a si amplos poderes. Após protestos da oposição, concordou em limitar seus poderes. Mas houve novos protestos no final do mês quando a Assembléia Constituinte, aprovou uma versão da Constituição. Com o aumento da oposição, o presidente Morsi, expediu decreto autorizando as Forças Armadas a proteger instituições nacionais, e postos eleitorais, até que um referendo sobre a Constituição fosse realizado. O Exército retornou aos quartéis após aprovação do documento, semanas depois tropas foram mobilizadas para conter disputas entre opositores e correligionários de Morsi, que deixaram mais de 50 pessoas mortas. O general advertiu que a crise poderia “levar a um colapso do Estado”. A oposição montou o movimento de protesto Tamarod (rebelde). Seu objetivo era coletar assinaturas para uma petição, que se queixava do fracasso de Morsi de restaurar a segurança e a economia do país. E pediu a realização de novas eleições. Novos protestos se realizaram, levando os militares a advertir o presidente Morsi, que iriam intervir o seu caminho, caso não atendesse às demandas populares e pusesse fim a crise política. Morsi insistiu que era líder legítimo do Egito. Ele avisou que qualquer iniciativa para depô-lo à força poderia levar o país aos caos. Após encontro de líderes políticos, o general disse que o povo egípcio vinha clamando por ajuda, e que os militares não podiam ficar em silêncio, e que iriam enfrentar a violência se fosse necessário. O presidente da Suprema Corte Constitucional, o juiz Adli Mansour tomaria posse, até que novo presidente seja eleito. Seria formado ainda, um governo tecnocrático com poderes para administrar a transição. Não se sabe onde se encontra o presidente deposto. Mas dizem que ele estaria detido em uma prisão militar. Ele e outros mandatários da Irmandade Muçulmana, foram proibidos de viajar.

 

Fonte: BBC Notícias, em julho de 2013

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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