Desde que se tornou líder liberal em 2013, Trudeau fala sobre necessidade de descriminalizar e regular o uso da planta

O governo canadense está lutando para elaborar uma legislação para legalizar a maconha para uso recreativo até 1º de julho de 2018 – uma medida que cumprirá uma promessa de campanha do atual primeiro-ministro, Justin Trudeau. As informações são do jornal britânico “The Guardian”. De acordo com a “Canadian Broadcosting”, o governo liberal vai divulgar a legislação na segunda semana de abril, colocando o Canadá em curso para se tornar o primeiro país do G7 (grupo composto por Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido) a legalizar completamente o uso da maconha. Desde que se tornou líder liberal em 2013, Trudeau fala sobre a necessidade de descriminalizar e regular o uso da planta, argumentando que isso ajudaria a garantir que a erva seja mantida longe das crianças e que os lucros não parem nas mãos dos que o primeiro-ministro descreve como “elementos criminosos”. Pouco depois de tomar o poder, seu governo sinalizou que a legalização continuaria como uma prioridade, prometendo elaborar a legislação. O uso medicinal da planta já é legalizado no Canadá.
Legislação
Prevê-se que a legislação federal atenda a Ottawa com produtores de licenças e assegure a segurança do suprimento da droga, de acordo com as recomendações de uma força-tarefa designada pelo governo. Os canadenses que quiserem cultivar sua própria maconha serão limitados a quatro plantas por família. Os governos provinciais do Canadá terão liberdade para decidir como a droga será vendida e a que preço. Enquanto o governo federal estipula que os compradores devem ter pelo menos 18 anos, as províncias serão capazes de definir uma limite de idade mais alto, se desejarem. A iniciativa dividiu opiniões no país, onde os analistas estimaram que a indústria de cannabis pudesse eventualmente valer entre C$ 5 bilhões (cerca de R$ 11,7 bilhões) e C$ 7 bilhões (cerca de R$ 16,3 bilhões) anuais. No início de março, o ministro da Justiça de Saskatchewan, Gordan Wyant, disse que seu governo provincial tem “graves preocupações” com a legalização.
Fonte: Zero 83, em abril de 2017