Luz emitida pelo corpo celeste demorou 12,9 bilhões de anos para chegar a Terra
O telescópio interestelar Hubble da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa), detectou a luz de uma estrela que existiu nos primórdios do universo, por volta do primeiro bilhão de anos depois do Big-Bang. A descoberta inédita, foi descoberta nesta quarta-feira (30). O corpo celeste é a estrela individua mais longínqua registrada pela humanidade na história A estrela foi chamada de “Earendel” que, em inglês antigo significa “Estrela da Manhã”. A luz emitida pelo astro demorou 12,9 bilhões de anos para chegar a Terra, conforme a Nasa. A equipe que estuda a estrela, de astrônomos da Universidade Johns Hopkins junto à agência norte-americana, estima que ela tenha, ao menos, 50 vezes a massa da estrela de nosso sistema solar e seja milhões e vezes mais brilhante.
Estrela distante
“Quase não acreditamos no começo era muito mais longe do que a estrela anterior mais distante e com maior desvio para o vermelho”, disse o astrônomo Brian Welch, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.”Earendel existiu há tanto tempo que pode não ter as mesmas matérias-primas que as estrelas ao nosso redor hoje. Estudar Earendel será uma janela para uma era do universo com a qual não estamso familiarizados, mas que levou a tudo o que sabemos. É como se estivéssemos lendo um livro realmente interessante, mas começamos com o segundo capítulo e agora teremos a chance de ver como tudo começou”, acrescenta. “A visão detalhada destaca a posição da estrela Earendel ao longo de uma ondulação no espaço – tempo (linha pontilhada) que amplia e possibilita que a estrela seja detectada a uma distância tão grande – quase 13 bilhões de anos-luz”, conclui.
Fonte: O Tempo, em abril de 2022
