Índia elege mulher de tribo marginalizada como presidente

Murmu, será a segunda mulher a ocupar o cargo como presidente da Índia

Uma mulher pertencente a uma comunidade tribal marginalizada foi eleita a nova presidente da Índia, nesta quinta-feira (21), após uma votação no parlamento. Aos 64 anos, Draupadi Murmu, da tribo santhal, obteve o apoio do Partido Bharatiya Janata (BJP), do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e de mais da metade do eleitorado de parlamentares, de acordo com os resultados parciais divulgados pela Comissão Eleitoral. Com 64,3% dos votos, percentual ainda maior do apoio já declarado abertamente anteriormente, a professora que se tornou política será a 15ª presidente da Índia e a primeira nascida em uma comunidade tribal. Além disso, ela será a segunda mulher a ocupar o cargo em grande cerimonial como chefe da república – a primeira foi Pratibha Patil, eleita presidente em 2007. Murmu tomará posse no dia 25 de julho para uma mandato de cinco anos. Ao todo, mais de 4,5 legisladores estaduais e federais votaram na eleição presidencial na última segunda-feira (18), e as células foram apuradas hoje. “Surgiu como um raio de esperança para nossos cidadãos, especialmente os pobres, marginalizados e oprimidos”, escreveu Modi no Twitter, acrescentando que seu “sucesso exemplar motiva cada indiano”.

Cargos ocupados

Histórico – Ao longo de sua trajetória, a ex-governadora do estado de Jarkhand teve que se mudar ainda criança para um internato em Bubaneshwar, capital de seu estado natal, para estudar. Antes de entrar na política em 1997, quando foi eleita para o conselho distrital, Murmu trabalhava em um cargo público, era professora e assistente social. Sua grande popularidade também se deve às tragédias que marcaram sua vida recente: casada com um bancário, entre 2009 e 2015, e mãe de três filhos, Draupadi ficou viúva e logo depois perdeu os dois filhos. A determinação com que tem enfrentado as dificuldades criou empatia entre os indianos, principalmente por meio das técnicas da Brahma Kumaris, movimento de meditação ao qual é afiliada. Os opositores criticam sua candidatura.

Fonte: Istoé, em julho de 2022

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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