Região atingida é a província de KwaZulu-Natal, no leste do país
Ao menos 306 pessoas morreram no leste da África do Sul devido à graves inundações causadas pelas chuvas torrenciais na região, para onde se deslocou nesta quarta-feira o presidente do país, Cyrio Ramaphosa, para visitar os afetados. A região atingida é a província de KwaZulu-Natal, onde a água entrou em casas e deixou muitos cidadãos incomunicáveis, sem eletricidade e sem água corrente. O balanço de mortos subiu para 306, segundo informou em comunicado na noite de terça-feira, o assessor provincial de Governo Cooperativo e Assuntos Tradicionais, Sipho Hlomuka. “A perda de vidas como resultado do tempo inclemente é um dos momentos mais sombrios da história da nossa província”, explicou Hlomuka à tarde, quando havia confirmado 259 mortes. “Centenas de pessoas foram deixadas sem abrigo e muitas estradas, infraestruturas públicas e casas foram gravemente danificadas”, acrescentou. A pior devastação ocorreu na área metropolitana de Durban, a cidade mais populosa de KwaZulu-Natal e a terceira maior da África do Sul. O porto da cidade costeira, que é o maior centro de transporte de carga do continente africano, teve de suspender as operações e muitas estradas da região permanecem intransitáveis. O presidente do país está no local para visitar as comunidades afetadas “Esta é um catástrofe de enormes proporções”, disse o governador aos reportes durante a visita, As chuvas começaram durante o fim de semana e se agravaram na segunda-feira.
Prejuízos milionários
Os danos a propriedades são amplos e chegarão a prejuízos milionários, disse Sihle Zikalala, chefe de governo de KwaZulu-Natal, motivo pelo qual a província espera que o governo central declare em breve um “estado de desastre” na região. Também foram mobilizados tropas militares pare tentar ajudar a população e forma destacados contingentes policiais a adicionais para evitar que o caos causado pelas cheias gerasse saques e criminalidade. Em 2019, esta região também sofreu chuvas torrenciais com cheias que deixaram cerca de 80 mortos na mesma época.
Fonte: Uol, em abril de 2022