Itália cria ‘Fundo África’ para lutar contra imigração clandestina

Objetivo é evitar as partidas do sul do Mediterrâneo

Principais países envolvidos são Líbia, Níger e Tunísia

O governo italiano anunciou nesta quarta-feira (1) a criação de um fundo de 200 milhões de euros destinado a ajudar vários países da África a reduzir os fluxos de migrantes clandestinos com destino à península. Previsto pela lei de Finanças 2017, este “Fundo África” tem por objetivo evitar as partidas do sul do Mediterrâneo, declarou o ministro das Relações Exteriores italiano, Angelino Alfano, durante a assinatura do decreto que ativa este dispositivo. Diferente do valor habitualmente consagrado à cooperação para o desenvolvimento, este fundo está dedicado “à luta contra o tráfico de seres humanos e à imigração clandestina”, disse. Os três países particularmente envolvidos por esta medida, Líbia, Níger e Tunísia, são pontos de partida ou de trânsito de uma grande parte dos migrantes que chegam todos os anos à costa italiana.

Doação do valor

Os montantes concedidos aos Estados poderão ser consagrados à formação de forças de segurança, equipamentos ou instrumentos técnicos que ajudem a reforçar as “fronteiras externas” da Itália. “Não construímos um muro no Mediterrâneo, não poderíamos fazer isso e também não faríamos”, insistiu, no entanto, Alfano, em uma óbvia alusão à política do novo presidente americano, Donald Trump, em matéria de imigração. “Doamos dinheiro a estes países, mas em troca eles devem utilizá-lo para reduzir o número de migrantes clansdestinos que chegam a nós”, insistiu Alfano.

 

Fonte: Folhape, em fevereiro de 2017

 

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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