Itália resgata 5 mil imigrantes em um dia no Mediterrâneo

Fluxo migratório para o país continua aumentando em relação a 2016

Os imigrantes viajavam em cinco barcos e 18 botes

A Guarda Costeira italiana afirmou nesta terça-feira que resgatou na segunda cerca de cinco mil imigrantes em torno da costa Líbia quando viajavam rumo a Itália pelo mar Mediterrâneo. Foram realizados 23 resgates. Em 48 horas, 8 mil pessoas foram salvas em operações em conjunto com a Marinha do país e  outras organizações que auxiliam os migrantes. Os imigrantes viajavam em cinco barcos e 18 botes. Somente nesta terça-feira, é esperado o desembarque de 2.786 pessoas no país. A Guarda Civil espanhola também afirmou que um de seus barcos resgatou 133 pessoas a bordo de uma embarcação inflável. Segundo uma organização humanitária alemã, três imigrantes morreram durante a travessia. Desde o início do ano, a chegada de imigrantes na Itália continua aumentando em relação a 2016, ano que o número já havia registrado recorde. Entre 1º de janeiro e 26 de junho, mais de 73 mil deslocados chegaram à Itália pela travessia marítima, 13,97% a mais que no mesmo período do que ano passado, de acordo com dados do Ministério Interior Italiano. No ano passado, cerca de 80% das pessoas chegaram ao continente europeu pela Itália. Os outros desembarcaram em Grécia, Chipre ou Espanha.

Muitos morreram ou desapareceram

A Agência da ONU para os refugiados (ACNUR) afirma que duas mil pessoas morreram ou desapareceram este ano tentando cruzar o Mediterrâneo. Gangues líbias construíram um lucrativo comércio de transporte de imigrantes em barcos frágeis para a Itália. O Mediterrâneo serve diariamente de rota para as arriscadas jornadas de imigrantes, que viajam em embarcações clandestinas na esperança de serem abrigados na Europa. Eles fogem de cenários de pobreza, violência, guerras, perseguições e fome em seus países de origem. Enquanto alguns tentam chegar na Europa pelo mar, outros tentam por terra. A Organização Internacional de Migração afirmou que 51 imigrantes podem estar mortos no deserto do Saara no Níger, após contrabandistas abandonarem durante a jornada rumo à Líbia.

 

Fonte: O Globo, em junho de 2017

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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