Os trens colidiram depois que os freios de emergência foram acionados
Uma colisão entre dois trens nessa sexta-feira (26), deixou ao menos 32 mortos e mais de 100 feridos na cidade de Tahta, na província de Sohag, no sul do Egito. Segundo o Ministério de Saúde do país, mais de 70 ambulâncias atuaram no local para transportar vítimas a hospitais. A autoridade ferroviária egípcia afirmou que os trens colidiram depois que os freios de emergência foram acionados nas proximidades da cidade de Sohag, a cerca de 500 km ao sul da capital, Cairo. Os freios fizeram com que um dos trens parasse enquanto outro se chocou contra ele por trás. O caso ainda será investigado. O Ministério Público egípcio informou que também vai apurar o que causou o acidente. “Os trens colidiram enquanto viajavam em velocidades não muito altas, o que levou à destruição de dois vagões e ao capotamento de um terceiro”, informaram fontes da agência de notícias Reuters. O presidente Abdel Fattah el-Sisi prometeu punir os responsáveis pelo desastre. “Qualquer pessoa que causou este doloroso acidente por negligência ou corrupção, ou algo semelhante, deve receber uma punição, sem exceção ou demora”, informou em sua conta no Twitter. O primeiro-ministro Mostafa Madbouy anunciou que iria para o local acompanhado dos ministros da Saúde e da Solidariedade Social.
Falta de manutenção
Acidentes como esse não são incomum na região. A causa, de uma forma geral, são associadas a falta de manutenção e de equipamentos. Em 2017 o país registrou 1.793 acidentes de trens. Em 2018, uma composição descarrilou perto da cidade de Aswan, também na região sul. Seis pessoas morreram e o chefe das ferrovias nacionais foi demitido. Ainda em 2019, o presidente disse que o governo precisaria de 250 bilhões de libras egípcias para reformar o sistema, o equivalente a R$ 90 bilhões. O acidente de tren mais mortal do Egito ocorreu em 2002, quando mais de 300 pessoas morreram após um incêndio em um trem que viajava e alta velocidade do Cairo para o sul do Egito.
Fonte: De fato on line, em março de 2021