O país é palco de uma guerra de dois anos
Mais de 30 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em disparos de artilharia de paramilitares em El Fasher, uma cidade sitiada em Darfur, no oeste de Sudão, informou um comitê de resistência local nesta segunda-feira (21). O ataque, que ocorreu no domingo, inclui “fogo de artilharia pesada” e teve como alvo áreas povoadas da cidade, disse o comitê de resistência. O Sudão é palco de uma guerra de dois anos que coloca as forças do chefe do Exército, Abdel Fattah al-Burhan, contra as de seu adjunto, Mohamed Hamdan Daglo, que lidera as Forças de Apoio Rápido (FAR) paramilitares. “Estamos recebendo relatos assustadores de El Fasher e Zamzam no Sudão: assassinatos, violência sexual, deslocamento em massa, necessidades imensas”, disse o chefe humanitário da ONU, Tom Fletcher, em uma mensagem no X
Capital da província
Depois de perder a capital Cartum em março, os paramilitares concentraram seus ataques em Darfur, tentando tomar El Fasher, a última capital provincial da região que ainda não estava sob seu controle. Em 13 e abril, as FAR anunciaram que haviam capturado o acampamento de Zamzam, perto de Fasher, lar e mais de 500.000 deslocados, em um ataque que deixou mais de 400 mortos, segundo a ONU. As nações Unidas, lideres estrangeiros e grupo de ajuda humanitária alertara sobre o massacre que um ataque em larga escala à cidade sitiada e seus arredores provocaria. A guerra no Sudão, que eclodiu em 15 de abril de 2023, deixou dezenas de milhares de mortos, deslocou 13 milhões de pessoas e mergulhou parte do país, o terceiro maior da África, na fome.
Fonte: Uol Notícias, em abril de 2025