Motim em prisão no Equador deixa 13 mortos e ao menos 2 feridos, diz governo

Em maio, nesta mesma prisão, a violência deixou um saldo de 44 mortos e onze feridos

Treze prisioneiros foram mortos e ao menos dois ficaram feridos na prisão Bellavista, na cidade equatoriana de Santo Domingo, nesta segunda-feira (18), disse a agência penitenciária do Equador, no mais recente incidente de violência carcerária no país. O número de vítimas da rebelião contudo, pode ser maior – uma contagem final ainda será realizada pelo gabinete do procurador-geral. Em maio, nesta mesma prisão, localizada cerca de 80 quilômetros a oeste de Quito, a violência deixou como saldo 44 mortos e onze feridos, segundo dois venezuelanos e um policial. Na ocasião, 220 presos escaparam, mas quase todos j´a foram recuperados. A policia e as Forças Armadas estão retomando o controle da instituição, afirmou a agência penitenciária SNAI em seu perfil no Twitter, depois de classificaar o incidente como “disputa”.

Briga entre gangues

O governo do presidente Guillermo Lasso atribuiu a violência carcerária as brigas entre gangues pelo controle do território pelas rotas do narcotráfico. O Equador enfrenta uma onda de violência que deixa corpos decapitados pendurados em pontes, ao estilo de cartéis mexicanos, depois de passar muitos anos relativamente a salvo da violência de seus vizinhos Colômbia e Peru, os dois maiores produtores de cocaína do mundo. Em 2020, o Equador apreendeu 6,5% da cocaína capturada no mundo, ficando atrás da Colômbia (41%), e Estados Unidos (11%), e acima do Brasil (6,4%) e Bélgica (4,9%). No ano passado, o país apreendeu um recorde de 210 toneladas de drogas, principalmente cocaína. Neste cenário, a taxa de homicídio explodiu – em 2021, foram 14 assassinatos por 100 mil habitantes, quase o dobro do ano anterior. A população do Equador e de 17,6 milhões de pessoas. Cerca de 33.900 pessoas estão detidas nas prisões do Equador, 12,5% acima da capacidade máxima, segundo dados oficiais. Desde fevereiro de 2021, houve uma dúzia de massacres nas penitenciarias, com cerca de 400 presos mortos. Segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, o sistema penitenciário do Equador é prejudicado pelo abandono do Estado e pela ausência de uma política abrangente, além de condições precárias para os detentos.

Fonte: Jornal de Brasília, em julho de 2022

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

Escreva um Comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.