Mundo registra temperaturas mais altas dos últimos dois mil anos

O aquecimento global está avançando com uma velocidade extremamente rápida

Segundo estudos, as temperaturas nunca subiram tão rapidamente e de maneira tão regular como a partir do final do século 20.

Em meio a onda de calor que assola a Europa, pelo menos dois estudos revelaram que as altas temperaturas registradas no mundo são as mais altas dos últimos 2 mil anos. De acordo com dados, publicados na semana que passou, nas revistas “Nature” e “Nature Geosciense”, o aquecimento global está avançando com uma velocidade extremamente rápida e extensa, cobrindo 98% do planeta. Os levantamentos, ambos coordenados por Raphael Neukom, da Universidade Suíça de Berna, são baseados em análises sobre o curso do clima desde o Império Romano até o final do século XX. Na reconstrução de 2 mil anos de história climática, os pesquisadores utilizaram 700 indicadores de mudança de temperatura em todos os continentes, como crescimento de árvores e dados sobre a análise de núcleos de gelo e sedimentos marinhos. De acordo com as pesquisas, a Pequena Idade do Gelo, que ocorreu entre os séculos 16 e 19, por exemplo, atingiu apenas 12% do planeta, com diferentes picos entre as várias regiões. No entanto, no século 21, os recordes de temperatura são batidos anos após ano em quase todos os países. Para Neukom, os estudos destacam que, em nenhum momento desde o início da era cristã, as temperaturas subiram tão rapidamente e de maneira tão regular como a partir do final do século 20. Este resultado “mostra o caráter extraordinário da mudança climática atual”.

Mudança no clima

O diretor do Departamento de Meio Ambiente do Conselho Nacional de Pesquisa (CNR), Fabio Trincardi, explicou que as alterações no clima são respostas das atitudes tomadas pelos seres humanos. “Se durante as mudanças climáticas do passado, o planeta respondeu em diferentes momentos nas várias regiões, agora o impacto do homem no clima é tão forte que domina tudo e o planeta responde globalmente”.

 

Fonte: Uol, em julho de 2019

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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