Porto de Livorno na Toscana, montou estrutura especial
O navio da ONG Life Support entrou no porto de Livorno, na região da Toscana, na Itália, com 142 migrantes a bordo resgatados no Mar Mediterrâneo no início da manhã desta quinta-feira (22). Para receber os estrangeiros que raramente chegam ao porto local por conta da distância das rotas migratórias, o governo regional montou uma estrutura especial com cerca de 70 pessoas, incluindo funcionários públicos, sanitários e de instituições de direitos humanos. “Nos informam que a bordo há condições de saúde boas em um cenário geral. Há casos de sarna e um passageiro precisou ser transportado para o hospital. Todos ainda passarão por testes da Covid-19”, disse a assessora regional da Defesa Civil para a Toscana, Monia Monni, sobre as operações. Como ocorre em todas as cidades que acolhem os migrantes, as 26 crianças desacompanhadas a bordo ficarão em estruturas receptivas na Toscana e os demais seguirão para centros de acolhimento em outras regiões. Monni ainda afirmou que foi criado “um processo especial para as mulheres com crianças muito pequenas” e para uma gravida, que terão um ginecologista e apoio psicológico à disposição. “Nós buscamos ter um sistema eficiente da Defesa Civil com um pouco de humanidade. Eles nos dizem que a viagem foi difícil e externamente e que essa viagem ficou ainda mais longa pela escolha do governo de determinar o desembarque em Livorno. A Toscana fez a sua parte”, acrescentou.
Sul da Itália
Normalmente, os desembarques são feitos nos portos mais próximos ao resgate, ao sul da Itália. No entanto, desde que o governo ultrancionalista de Giorgia Meloni assumiu, no fim de outubro, as ONGs humanitárias sofrem com a demora na libertação para atracar e estão em uma queda de braço com os políticos. Apesar de receber milhares de pessoas todos os anos em seus portos, a Itália não é o país final de destino da imensa maioria. Os estrangeiros seguem para países mais ao norte da Europa, como França e Alemanha.
Fonte: Terra, em dezembro de 2022