Nível do mar há 20.000 anos era 116 metros mais baixo que hoje, creem cientistas

Para o nível do mar ser tão baixo, deveria haver uma massa de gelo equivalente ao dobro da camada de gelo na Groelândia

O nível do mar era inferior em 116 metros ao atual há cerca de 20.000 anos, de acordo com um estudo publicado a revista Nature Communications. Uma equipe de cientistas do Instituto Real Neerlandês de Estudos Marinhos, Países Baixos, em conjunto com o Instituto Alfred Wegener, Alemanha, procurou conciliar a discrepância entre diferentes modelos climáticos do passado, que indicam simultaneamente uma baixa espessura de geleiras e baixo nível de mar nessa época. Segundo é explicado pelos pesquisadores, o paradoxo existe devido à falta de um “equilíbrio” conhecido, no qual um baixo nível implicaria uma muito maior concentração de água em terra. Para o nível do mar ser tão baixo, deveria haver uma massa de gelo equivalente ao dobro da camada da Groelândia. Isso levou ao “problema do gelo perdido”, descoberto em vários estudos conduzidos desde 2014. “Parece que encontramos uma nova maneira de reconstruir o passado há 80.000 anos”, diz o dr. Evan Gowan, do Instituto Alfred Wegener, que vem pesquisando o assunto há cerca de uma década.

Baía de Hudson e outros locais

Para isso, os cientistas avaliaram o leito da Baía de Hudson, no Canadá, e outros mares que banham a América do Norte, bem como rastros de canais submarinos em lugares do mundo como Barbados (Índias Ocidentais), a Plataforma Sunda no Sudeste Asiático, o golfo de José Bonaparte e a Grande Barreira de Corais, na Austrália, e tiveram em conta a perturbação da crosta, gravitacional e rotacional, da Terra. Os autores do estudo concluíram que a Antártida concentrou um alto volume de gelo, o dobro da camada de gelo da Groelândia, o que explicaria o mais baixo nível do mar há 20.000 anos e também a razão da alta variação de gelo apontada e medições existentes para o continente mais meridional do mundo no passado.

Fonte: Sputnik, em março de 2021

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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