O barco deverá substituir um dos navios a diesel do Porto de Narvik, localizado ao norte do país
Um novo projeto na Noruega pretende desenvolver um dos primeiros barcos movidos a hidrogênio no mundo, que será capaz de alcançar uma alta velocidade. O veículo marítimo deverá substituir um dos navios a diesel do Porto de Narvik, localizado ao norte do país escandinavo. O barco será capaz de atingir 23 nós (42,5 km/) de deverá ser concluído até 2023, sendo classificado como um veículo de passageiros de longo alcance e alta velocidade. O porto o usará principalmente para monitoramento, treinamento e operações de emergência. Suas células a hidrogênio serão produzidas no centro de inovação da empresa norueguesa Teco 2030, especializada em tecnologia limpa em conjunto com a empresa austríaca AVL, que atua com tecnologia de trem de força. Outras empresas e instituições estão envolvidas no projeto, que busca agora apoio financeiro da Enova, empresa estatal da Noruega responsável pela promoção da produção e de consumo de energia ecologicamente corretos. “O hidrogênio ´´e a chave para o transporte ecológico, mas requer muito investimento”, afirmou Tore Enger, CEO da Teco 2030.
Posto de abastecimento
Outra parte importante do projeto é um posto de abastecimento de hidrogênio, que se tornará um ativo estratégico, destinado a acelerar a transição para o transporte marítimo com emissão zero na região. A empresa dinamarquesa Everfuel, uma das parceiras o projeto buscará desenvolver esta estação – a Everfuel está trabalhando atualmente para estabelecer postos de abastecimento de hidrogênio para caminhões, ônibus e outros transportes pesados em toda a Noruega. Cerca de 500 caminhões circulam pela cidade portuária norueguesa todos os dias e, portanto, o posto não se destina apenas a atender ao tráfego marítimo. O objetivo é que ele se torne a primeira estação de abastecimento de hidrogênio do mundo capaz de atender tanto a navios quanto ao tráfico rodoviário. A Noruega pretende reduzir as emissões do transporte marítimo domestico em pelo menos 50% até 2030 (em comparação com 1990).
Fonte: Olhar Digital, em dezembro de 2021