Embarcações colidiram no disputado Mar da China Meridional, próximo das ilhas Spratly
Um navio filipino e uma embarcação chinesa colidiram perto das ilhas Spratly, no disputado Mar da China Meridional, em um momento de intensificação dos incidentes entre os dois países nesta área reivindicada por Pequim. Os dois países atribuíram a culpa ao outro lado pelo incidente. “O navio filipino de abastecimento ignorou várias advertências do lado chinês”, afirmou a Guarda Costeira de Pequim em um comunicado que menciona o incidente. A nota acrescenta que o navio filipino “se aproximou do … navio chinês de maneira pouco profissional resultando em uma colisão”. A china acusou a embarcação filipina de “entrar ilegalmente no mar próximo ao recife Ren’ai, nas ilhas Nansha da China”, o nome que Pequim utiliza para identificar as ilhas Spratly. “A Guarda Costeira chinesa adotou medidas de controle contra o navio filipino de acordo com a lei”, acrescentou o comunicado. O Exército filipino rejeitou a versão de Pequim e declarou que “não da nenhum crédito às afirmações falsas e enganosas da Guarda Costeira chinesa”. O atol fica a quase 200 quilômetros do arquipélago filipino de Palawan e a mais de 1.000 quilômetros da costa chinesa mais próxima, a ilha de Hainan.
Exército filipino
No início do mês, o Exército filipino denunciou a “captura” ilegal por navios chineses de mantimentos e remédios lançados por aviões em meados de maio, que tinham como destino o posto militar filipino do atol. Manila acusou Pequim de “interferência agressiva e não provocada”. Pouco mais tarde, a Guarda Costeira filipina divulgou um vídeo que mostra a Guarda Costeira chinesa bloqueando dois navios filipinos durante uma operação para a retirada de um militar por motivos de saúde. Pequim reivindica quase todo Mar da China Meridional. O país rejeitou as reivindicações territoriais de vários países do sudeste asiático, incluindo as Filipinas, e uma decisão internacional que nega sua reivindicação.
Fonte: Uol Notícias, em junho de 2024