Número de homicídios de mulheres cresce 21% em 10 anos no Brasil

número de homicídios de mulhers cresce 21% em 10 anos no BrasilO Brasil foi o quinto país com a maior taxa de violência entre várias nações

O número de feminicídios no Brasil cresceu 21% em dez anos, passando de 3.937 em 2003 para 4.762 em 2013, o faz com que o país tenha a quinta maior taxa de mortes violentas femininas no mundo, com 4,8 assassinatos por cada 100 mil moças segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo governo. A violência contra a mulher negra foi o que mais cresceu. Nesse caso, o aumento dos assassinatos foi de 54% em dez anos, enquanto a quantidade de mulheres brancas vitimas de homicídios caiu 9,8% no mesmo período, de acordo com o “Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres”. O número de mulheres negras assassinadas saltou de 1.864 em 2003 para 2.875 em 2013. O de brancas, por sua vez, caiu de 1.747 em 2003 para 1.576 em 2013, segundo o relatório elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e divulgado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da presidência. Com uma média de 13 mulheres mortas por dia em 2013, o Brasil foi o quinto país com a maior taxa d violência feminina entre 83 nações com estatísticas disponíveis na Organização Mundial da Saúde (OMS). Apenas El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia tem taxas maiores. De acordo com a sociólogo argentino Júlio Jacobo Waiselfisz, autor do estudo, 50,3% dos homicídios de mulheres no Brasil são cometidos por parentes e 33,2% por parceiros ou ex-parceiros. Das mortes em 2013, 48,8% foi provocada por armas de fogo, 25,3% por objetos cortantes ou perfurantes e 6,1% por estrangulamento. O relatório mostrou que os maiores índices de homicídios de mulheres estão nas cidades menores. A pequena cidade de Barcelos, no Amazonas, e que tem 20 mil habitantes, por exemplo, tem uma taxa de 45,2 homicídios por cada 100 mil mulheres. De acordo com Waiselfisz, os números mostram que a violência contra a mulher tende a ser maior em municípios com baixo níveis de saúde e educação.

 

Fonte: Uol, em novembro de 2015

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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