Nuvem com 45 milhões de gafanhotos foi captada por radar meteorológico

O espetáculo ocorreu em julho de 2019, mas só agora os cientistas conseguiram verificar a quantidade de insetos

Uma equipe de ecologistas da Universidade de Oklahoma, em Norman, identificou a passagem de uma nuvem com 45 milhões de gafanhotos em Las Vegas, nos Estados Unidos. O espetáculo aconteceu em julho de 2019 e virou notícia internacional, mas só agora os especialistas conseguiram mensurar a quantidade de insetos que visitou a cidade. Curiosos pela grandiosidade da passagem que foi relevante o suficiente para o sensor do radar, o grupo de ecologistas decidiu voltar seus esforços para quantificar o número de gafanhotos. Com a ajuda dos dados de radar de previsão do tempo de Nevada e dos arquivos da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional passaram a estudar a horda de insetos. Cada gafanhoto pesa apenas cerca de dois terços de um grava. Assim, uma vez que o radar permitiu que a equipe determinasse os números, eles puderam também estimar o peso total, um valor colossal de 30,2 toneladas. “É um pouco espantoso tentar compreender mais de 45 milhões de gafanhotos”, disse a pesquisadora. Os animais eram da espécie Trimerotropis pallidipennis, conhecidos como gafanhotos de asas pálidas, que são naturais de regiões desérticas e realizam migrações periódicas em busca de locais mais úmidos. Eles são diferentes dos lendários gafanhotos que mudam de uma fase solitária para uma gregária e viajam em grandes nuvens se alimentando de plantas e caroços.

Chuvas e luzes

Enquanto alguns remetem o acontecimento às chuvas, outros acreditam que a iluminada Las Vegas tenha atraído os gafanhotos por suas fortes luzes que, segundo Elske Tielens, do grupo de pesquisa, evidencia o tamanho do impacto da luz artificial sobre os insetos em escala tão grande. Em entrevista à CNN, Jeff Knight, pesquisador doe Departamento de Agricultura de Nevada, disse não ser a primeira vez que o fenômeno acontece. Desde os anos 60 são registradas nuvens de gafanhotos pelos Estados Unidos. “Há algumas condições climáticas especiais que acionam a migração”, explicou Knight.

Fonte: Olhar Digital, em abril de 2021

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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