Principalmente China e Índia apresentam altas taxas de mortalidade devido à poluição atmosférica

Mais de 5,5 milhões de pessoas morrem prematuramente em consequência da poluição atmosférica, afirmaram pesquisadores durante a conferência da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), nesta sexta-feira (12/02) em Washington. “A poluição do ar é o quarto maior fator de risco por morte prematura”, falou Michael Bauer, da Universidade British Columbia, em Vancouver. Somente a pressão arterial elevada, a má alimentação e o tabagismo são consideradas mais perigosas. Segundo dados divulgados na conferência de AAAS, mais da metade das mortes ocorre na China e na Índia. Na China, cerca de 1,6 milhão de pessoas morreram em 2013 em consequência da poluição atmosférica, enquanto a Índia registrou no mesmo ano, 1,4 milhão de mortes pela mesma causa. Ambos os países emergentes vivenciam um rápido processo de industrialização. A China depende fortemente do carvão para a geração de energia. Na Índia, os pesquisadores informaram que principalmente a queima de madeira, esterco e biomassa é responsável pela má qualidade atmosférica. Menos de 1% da população do país vive em áreas onde a qualidade do ar seria considerada saudável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo Dan Greenbaum, presidente do Instituto de Efeitos para a Saúde, em Boston, houve progresso significativo nos dois países, porque o problema foi finalmente reconhecido como sério. “Mas ainda falta muito para se encontrar uma solução”, acrescentou Greenbaum. Atualmente, os pesquisadores tentam descobrir que fontes de poluição do ar são responsáveis por determinado número de mortes.
Fonte: DW, em fevereiro de 2016