Foi acusada falsamente de queimar um exemplar do Alcorão em Cabul
Um tribunal afegão condenou quatro homens à morte nesta quarta-feira (06/05), pelo linchamento de uma mulher de 27 anos falsamente acusada de queimar um exemplar do Alcorão em Cabul. O juiz que leu a sentença disse que os quatro serão enforcados. O caso provocou uma onda de protestos contra o extremismo religioso na capital e apelos pela proteção dos direitos das mulheres. Em março deste ano, uma multidão espancou a mulher Farkhunda , jogou-a de um telhado, ateou fogo a seu corpo, que foi atropelado por um carro e jogado no rio Cabul. Enquanto isso, passantes gritavam: “Deus é grande”. Entre os 49 réus, oito foram condenados a 16 anos de prisão por participação no ataque. Outros 18 acusados foram considerados inocentes por falta de evidências. O zelador de um santuário muçulmano, que acusou falsamente Farkhunda de profanar o livro sagrado, está entre os sentenciados a morte. Também estavam entre os réus 19 policiais, causados de não fazerem nada para evitar a violência. Seguidora do islã, ela teve um desentendimento com Zain-ul Abedeen, zelador de um santuário muçulmano. Ele vendia amuletos e Farkhunda considerava a prática anti-islâmica.
Fonte: DW, em maio de 2015