Sendo que é o segundo pior registro desde 1999, quando dados começaram a ser registrados
O número de queimadas no Brasil teve um aumento de 27,5% em 2015, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No ano passado, foram detectados 235.629 pontos de calor, ante 184.779 em 2014. O registro só é menor do que o recorde histórico, de 2010, em que foram detectados por satélites 249.921 focos de incêndio. Dessa forma o registro é o segundo pior desde 1999, quando os dados começaram a ser registrados. Os Estados do Pará (44.794), Mato Grosso (32.984) e Maranhão (30.066), foram os que mais registraram queimadas no ano passado. Em relação a 2014, Bahia, Pará e Rondônia apresentaram as maiores variações, com aumento de 134% 24,3% e 88,6% respectivamente. Segundo o coordenador do programa Queimadas do Inpe, Alberto Setzer, o aumento é resultado de queimadas promovidas pelo agronegócio, das altas temperaturas e da falta de fiscalização. “Em 2015, nós tivemos um ano climaticamente diferente porque a precipitação de chuva foi menor que a média, enquanto as temperaturas foram maiores. Mas não podemos colocar toda a culpa em cima do clima. A maior parte das queimadas foram causadas pelo homem. Em 2015, por exemplo, teve um incentivo econômico de exportação de soja e carne. O setor agropecuário reage a isso e aí é a limpeza de pastos com o uso do fogo. Além disso, por causa da crise econômica, as secretarias de Meio Ambiente atuaram muito menos, pois estavam menos fiscais. Dessa forma, houve menos campanhas educativas”, explicou Setzer.
Fonte: Veja, em janeiro de 2016