Rússia e EUA concordam com saída de Al-Assad, diz jornal

Segundo um jornal saudita, Washington e Moscovo estarão de acordo sobre a necessidade do actual presidente sírio ser afastado do poder

Rússia e EUA concordam com saída de Al-Assad, diz jornal
O conflito sírio já no quinto ano causou mais de 270 mil mortos e mais de 4,5 milhões de refugiados

Os Estados Unidos e a Rússia alcançaram “um entendimento” sobre o futuro político na Síria, que inclui a saída do Presidente, Bashar al-Assad, para outro país, disse o diário saudita Al Hayat. Uma fonte diplomática no Conselho de Segurança das Nações Unidas citada pelo diário indicou que o próprio secretário de Estado norte-americano, John Kerry, informou “determinados países árabes” desta opção. Este presumível acordo aborda o futuro do Presidente sírio e a sua saída para outro país “numa fase determinada”, de acordo com fonte não identificada ao AL Hayat, jornal de capital saudita, cujo país apoia a oposição síria e defende a saída de Al-Assad do poder. O Al Hayat faz ainda saber que esta iniciativa é conhecida nos vínculos diplomáticos, mas que não foi ainda definido um calendário no contexto do futuro do processo político na Síria nem se conhece qual o eventual país de exílio de seu Presidente. Em novembro último, antes do início das negociações sírias, cerca de duas dezenas de países com interesses e influência entre os grupos rivais, entre eles Arábia Saudita, Estados Unidos e Rússia, acordaram que o poder deve ser transferido para um órgão de governo transitório. Bashar al-Assad manifestou na quarta-feira, porém, que se opõe a um “órgão executivo de transição” que inclua as “diversas forças políticas sírias: opositores, independentes, membros do actual governo e outros”. A principal aliança da oposição síria recusou esta opção, defendendo que Al-Assad não pode assumir nenhum papel na transição. De igual modo, o governo norte-americano insistiu que a manutenção do atual Presidente sírio no processo de político de transição é “inviável”. As conversações sírias e a oposição deverão ser retomadas em Genebra em Abril. O conflito sírio, que entrou já no quinto ano, causou mais de 270 mil mortos e mais de 4,5 milhões de refugiados.

 

Fonte: Jornal de negócios, em abril de 2016

Toio

Sou o Toio, meu nome é Cristóvão Andriolli e gosto de reescrever Notícias que acho interessantes

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