Satoshi Uematsu, de 26 anos, foi detido pela polícia, era ex-funcionário da clínica

Pelo menos 19 pessoas foram nesta terça-feira mortas num centro de apoio a pessoas com deficiência na cidade japonesa de Sagamihara, na prefeitura de Kanagawa, a cerca de 50 quilômetros da capital, Tóquio. Um homem identificado como Satoshi Uematsu, de 26 anos, foi detido pela polícia, seria um ex-funcionário da clínica que, depois do ataque, se terá entregado às autoridades na esquadra mais próxima, admitindo ser ele o autor do ataque. Ataques desta natureza são extremamente raros no Japão, que está em choque com o sucedido. Apesar de as motivações do suspeito ainda não serem conhecidas, o homem terá passado duas semanas internado numa clínica psiquiátrica em fevereiro após ter enviado dezenas de cartas escritas à mão a políticos locais da sua prefeitura nas quais ameaçava matar centenas de pessoas com deficiência. Segundo os media locais, o suspeito queria que as pessoas portadora de eficiência “desaparecessem”. As vítimas tinham idade entre 19 e os 70 anos, avança a agência de notícias Kyodo, citando o departamento de bombeiros de Sagamihara. Para além dos 19 mortos, 20 delas com gravidade. Uematsu terá entrado na clínica por uma janela que partiu, começando a esfaquear vários dos 150 residentes que se encontravam ali à hora do ataque, sob supervisão de oito funcionários. “Quando ele se entregou a polícia, tinha consigo facas de cozinha e outros tipos de facas manchadas de sangue”, disse fonte da polícia de Kanagawa ao jornalistas. O último grande ataque em massa no Japão tinha acontecido a 8 de junho de 2008, quando um homem que conduzia um camião num distrito comercial do distrito de Akihabara, em Tóquio, saiu do veículo e começou a esfaquear pessoas, matando sete. Precisamente sete anos antes, a 8 de junho de 2011 um homem com uma história de problemas psiquiátricos esfaqueou oito crianças até a morte numa escola primária de Osaka. A 20 de março de 1995, 13 pessoas morreram e milhares ficaram doentes quando membros de uma seita do juízo final libertaram gás sarin na rede de metro da capital nipônica.
Fonte: Expresso, em julho de 2016