O terremoto de magnitude 7,8 atingiu a costa do Pacífico no sábado e foi sentido em todo país andino de 16 milhões de pessoas

O número de mortos do maior terremoto no Equador em décadas subiu para 246 neste domingo, enquanto equipes de resgate usam tratores e suas próprias mãos em uma busca desesperada por sobreviventes nas cidades costeiras atingidas pela tragédia. O terremoto de magnitude 7,8 atingiu a costa do Pacífico no sábado e foi sentido em todo o país andino de 16 milhões de pessoas, causando pânico em locais distantes como a capital Quito e danificando edifícios e estradas em diversas cidades. O presidente Rafael Correa, que voltou o mais rápido que pôde de uma viagem à Itália, disse via Twitter: “A prioridade imediata é resgatar as pessoas sob os escombros”. “Tudo pode ser reconstruído, mas a vida não pode ser recuperada e isso é que dói mais”, disse Correa à rádio estatal. O vice-presidente Jorge Glas visitou a zona do terremoto e disse que 246 morreram e cerca de 2.527 pessoas ficaram feridas. Áreas litorâneas no noroeste do país mais próximas ao terremoto foram as mais afetadas, incluindo Pedernales, uma estância turística com praias e palmeiras. Seis províncias declararam estado de emergência. “Há vilarejos que estão completamente devastados, disse o prefeito de Pedernales, Gabriel Alcivar. Segundo as autoridades, ocorreram 163 tremores secundários, principalmente na área de Pedernales. Um homem implorava por ajuda: “Pedernales está destruída”. Em Guayaquil, a maior cidade do Equador, destroços enchiam as ruas e uma ponte caiu sobre um carro. “Foi aterrorizante, estávamos todos apavorados e ainda estamos nas ruas porque estamos com medo de novos tremores”, disse o segurança Fernando Garcia, em Guayaquil.
Fonte: Reuters, em abril de 2016