
O jornal diz que, além das vítimas mortais, há registros, nos últimos 18 meses, 167 mineiros que sofreram acidentes relacionados com deslizamentos de terra
Segundo o diário del Caroní, as mortes, três homens e quatro mulheres, ocorreram na manhã de terça-feira, elevando para 56 o número de mineiros que morreram na sequência de deslizamentos de terra durante a extração de ouro, desde 2019. Quando as autoridades chegaram no local, já os familiares das vítimas tinham retirado os corpos e levado para o Centro Hospitalar Centinela Juan Germán Roscio”, explica o jornal. O diário adianta que, além das vítimas mortais, há registros, nos últimos 18 meses, 167 mineiros que sofreram acidentes relacionados com deslizamentos de terra.
Sobrevivência
Os mineiros têm ainda de enfrentar a “violência armada, dentro dos territórios das minas” venezuelanas, provocada por “grupos que disputam o controle das jazidas”, além de que a maioria destes trabalhadores se sujeita “a condições inseguras e sem proteção laboral”.”Há cada vez mais pessoas que procuram as jazidas de ouro para sobreviver à crise econômica na Venezuela, inclusive desde antes da pandemia de covid-19. Os mineiros procuram ouro para vender às companhias do Estado, que têm plena consciência do contexto em que o material é extraído”, afirmou o Correo del Caroní. Em declarações ao jornal, a advogada de direitos laborais Jacqueline Ritchen refere que “o Estado venezuelano deve reparar os danos e assumir as indenizações correspondente aos acidentes laborais e sancionam as empresas por terem trabalhadores a trabalhar em condições inseguras, independentemente de estarem ou não na falha de pagamentos”.
Fonte: Notícias ao Minuto, em julho de 2020